quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Você se ama?

A arte de se amar. È isso mesmo! Se amar, de verdade, é uma arte. Passa por muitas barreiras pessoais, até que você se dê conta disso. Você se ama? Sabe o que significa isso de verdade?

Se amar de forma verdadeira não é fazer o que os outros querem, mas sim o que você quer. Todavia esse querer deve estar intimamente ligado ao seu bem estar físico e emocional. Esse querer deve estar ligado a um bem maior, que ultrapassa um momento de vontades e cai em um campo mais além. É simplesmente estar bem agora, mas, sobretudo estar bem depois. É muitas vezes abrir mão de um desejo instantâneo para obter êxito depois.

Se amar transcende a capacidade que temos de nos olhar no espelho e sentir que não há ninguém no mundo mais bonito que você. Amar a si mesmo não requer investimentos com cosméticos, salões de beleza ou uma busca demasiada pela estética perfeita. Isso é vaidade, está longe do que pode ser realmente um amor próprio. Quem se ama busca com carinho cuidar da sua beleza externa. Mas quem busca esse cuidado incessantemente necessariamente não está se amando verdadeiramente. Uma coisa está relacionada a outra, mas não sustenta a teoria do amor próprio. Esse amor que estamos falando não se trata de estar bonita, de estar bem para que os outros vejam, não se trata dessa beleza externa impecável. Trata-se de uma beleza exuberante existente dentro de nós. De um bem estar interior. Algo que ninguém vê.

Quando você ama a você de forma real a beleza interior sobre-sai pelos poros da pele, passando a ser refletida externamente. O belo não está no artificial, mas sim no natural. O bonito passa a ser o sorriso e não a cor do batom. A luminosidade vem de dentro dos seus olhos e não da sombra brilhosa sobre suas pálpebras. Se amar é antes de mais nada ser realidade para consigo mesmo. É pisar com os dois pés no chão, é ter uma determinada sabedoria de reconhecer o seu lugar, e saber as conseqüências da sua postura para com os fatos. É ir além de, sem sair do chão. É saber voar, sem se mover. É abdicar, sem perder. É temer, sem saber. É esquecer, sem ter porque. É a magia da vida. A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não. É ser sem ter, e ter sem ser. È todas as conjugações verbais em um só tempo verbal. É o hoje, que construímos agora. É a semente que plantamos sem olhar para fora, sabendo dos nossos riscos, mas confiando na nossa capacidade. Discernir sobre não pecar por excesso e nem por omissão. É saber dizer não. È saber que um sim, pode te levar a um não, e um não pode ser o caminho exato para a certeza. Que uma turbulência nem sempre significará um eterno sofrimento. Que a dor pode ser substituída por crescimento. Que todo esse processo só tenha uma sentença: julgar as conseqüências dos seus atos a partir da sua consciência, gerando a consciência de averiguar o que é verdadeiramente se amar.

No final de tudo deve restar não apenas cacos pelo chão, mas um vaso todo restaurado, decorado, moldado, e direcionado pelas mãos de Deus ao destino que Ele próprio escolheu. Deus pode lhe tornar um vaso novo, um homem novo. Você pode renascer, ainda que seja velho na idade. Ame a si mesmo com a capacidade e a dimensão do amor que Jesus tem por você. Não pode existir nada maior e mais bonito do que aquele que deu a vida por você.



Creia nisso!

 
Autor: Priscila Soares. (Direitos Reservados)