segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A árvore que dá mais frutos é a que mais é apedrejada.

Entre todas as experiências que tive oportunidade de viver até hoje, cheguei a conclusão que nada está definido, que sempre há tempo para o novo, para um recomeço, para transformações, que a vida realmente é uma escola, que estar aqui significa pra mim ser uma eterna aprendiz...

Hoje, me deparei com esta frase: “A árvore que dá mais frutos é a que mais é apedrejada” , e resolvi buscar o fundamento dela, resolvi entender porque ela me tocou sem mesmo eu a ter interpretado. Foi quando ao realizar este pequeno estudo eu analisei e conclui que estava na verdade, me retratando, era sem sombra de dúvidas a minha realidade de vida, de ontem, de hoje e com certeza do meu amanhã.

E essa estória é contada da seguinte forma:

Há momentos na vida em que sentimos que tudo é luta, tudo é dor, tudo é sofrimento. É como se de repente a vida dissesse: “a hora do recreio acabou”, então ela aperta aquela sirene furiosa e começa a etapa de provações. É dada a largada então para uma avaliação pesada, um intenso vestibular da sobrevivência, várias provas de uma só vez, não há tempo para decidir qual delas fazer, todas precisam ser resolvidas, muitas vezes sem cola, sem ajuda de professor, sem a certeza de uma recuperação mais tarde caso haja uma bomba. Quando esses momentos chegam, o sentimento é de total impotência e desespero, é como se todos os problemas encharcassem todos os sonhos que vão ficando miúdos a ponto de escorregarem para um bueiro escuro. A enxurrada de acontecimentos ruins é capaz de fazer desmoronar tijolos e tijolos de batalha que estavam empilhados esperando pelo cimento de boas notícias. Foi num desses momentos de tormenta, em que vi muitos tijolos jogados ao chão, alguns quebrados, outros lascados, quando essa frase cruzou o meu caminho: “Somente as árvores que têm frutos são sacudidas e apedrejadas em busca de alimento”, foi o momento em que vi refletir a esperança em meio ao caos. É uma bela metáfora. A árvore que não dá frutos nem é notada, tão pouco é procurada, salvo quando o momento é de procura por uma sombra, mas é um momento passageiro, porque o sol muda de posição e a sombra pode não servir por muito tempo. Mas a árvore que produz frutos é vigiada enquanto floresce, quando começa a dar os primeiros sinais de frutos já é cobiçada, quando os frutos aparecem então, não duram muito tempo. Assim, no momento nublado pelo qual vivia, quando a visão fica turva por causa da tempestade, quando o desespero rouba o sorriso do rosto, quando o choro representa a dor de ver sonhos perdidos, esta frase trouxe um raio de sol e mudou todo o cenário. Através dela percebi que o apedrejamento que tantas vezes sofro, o qual será contínuo, faz com que o melhor de mim venha à tona. As pedradas são as decepções, os vários “nãos” que recebo quando espero um sim, os elogios e o reconhecimento que quase sempre não chegam, enfim, tudo isso faz com que meus frutos caíam quando recebo este saculejo, e se este saculejo acontece é para me deixar ativa no grande processo natural de evolução. Aprendemos muito mais num momento ruim, produzimos muito mais num momento de crise do que num momento de total plenitude. A vida quer nossos frutos, quer o melhor que pudermos oferecer, os frutos são a certeza do movimento, é um degrau na escada do crescimento. Quantos mais frutos retirarem de mim ao passo que a minha reação e as minhas atitudes para com sua caída, serão refletidos nos meus passos decisivos rumo à grande estrada da sabedoria. A vida é movimento e nos movimentos da vida os frutos nascem, e em algum momento eles serão retirados de nós para produzir alimento, é uma rotação dolorida, mas edificante. Enfim, a vida conhece maneiras surpreendentes de nos fazer evoluir, sejamos capazes de identificá-las ou que tenhamos apenas sabedoria para aguardar os acontecimentos de cada capitulo da nossa própria estória. Só tenho a agradecer, hoje, por tudo que já passei, por tudo que passo, por cada passo dado, e por cada passo que ainda darei, que sejam todos alcançados com a graça de Deus, conforme a Sua vontade. Amém!

Texto reescrito e adaptado Por Priscila Soares.

Tradução de Desilusão!

Sabe aqueles momentos em que sentimos uma dor fina, lá dentro do peito, dor essa que nem sabemos como é, como vem, e tira a impressão de que tava tudo bem?

Dá vontade de gritar aos quatro ventos numa voz bem alta, como se fosse sair um monstro de dentro de nós, a sensação de alguma coisa sem precedentes.

Como se viesse um desejo de chorar e chorar, e nem saber a hora de parar, somente induzir para dentro de si, o que pra fora nem veio se mostrar.

Como mudança de rumo, e rumando para o deserto quente e seco da minha sensação de estar perto do nada, mas longe de você, um amor renegado, pensamento elevado.

Sentimento com sonhos desmoronados e castelos de areia engolidos pelas ondas, sentimento de perda e dor, sabor do castigo, sentido sem amor.

Seria como se espremesse o peito e lançasse longe a alegria, sentido de vida vazia, sorriso sem graça, sabor de rejeição, coração na contra mão.

Não! Mesmo que se tenha idéia do que é sofrer, há uma ferida que se abre e sem ferir dói, mas sem o sangue a sair.

Sofrer assim não é justo, se foi um susto, nem custo da dor ou esperança do amor, dor essa que é fina no peito e desafina o embalo do coração e da emoção.

Pois, como perfume de amor e flor, e despedida sem odor, se faz sofrido o rosto, com a expressão que dispensa comoção.

Sim, com amor é fácil lidar, mas os sentimentos á parte que sem ressentimentos, se faz uma parte dessa dor, que a outra se veio juntar, selando a desculpa da lágrima rolar.

Como saber que é hora de parar, sanar uma coisa dessas só com alguém que viveu tal sentimento, e sobreviveu pra contar, ou correu o risco e saiu da beira do abismo.

Juro que se for para sentir essa dor, sem ter o que sentir, não fico mais em cima desse muro, me cede tua luz, e me tira desse escuro.

Os vestígios da esperança que molham o meu olhar se fazem forte, e não sei como vai a minha sorte sair assim, sem os riscos da morte a me rodear.

Sei que dor fina e vazia faz sofrer, mas sem entender o que a dor te traria é sofrer duas vezes, uma por sofrer e outra sem saber.

Seria uma troca justa, a troca da discórdia pela vaga soma da tua misericórdia, se me decifrasse essa dor.

E chegando sempre pela metade e tomando o lugar da felicidade, essa dor me pega sem piedade, como é triste sofrer e ver padecer num sentido sem fim.

Não tem como dizer não, essa dor que seca o coração, faz viver um momento sem razão, leva consigo uma paz que seria a única emoção. Essa dor se chama: Desilusão!

Como está a nossa capacidade de amar?

Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar?

Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidades, você vai saber o quanto é amado. Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você não será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.

Padre Fábio de Mello

Compromisso com a vida!

Não importa a dor ou o momento que você está passando, você tem um compromisso com a vida. Esse compromisso ultrapassa essa fase, essa hora ruim que você pode estar passando.

Tem coisas que nós não podemos evitar. Você constrói uma bela casa na praia, com muitos quartos, varandas e piscina com vista para o mar. Chega um furacão e leva toda a sua casa, seus móveis e seus sonhos em questão de minutos. Será que você poderia evitar esse furacão?

Assim, nós construímos castelos dourados em nossas fantasias e sonhos. Reunimos os melhores móveis de nossa existência e decoramos as nossas casas do jeitinho que nós queremos. As vezes os engenheiros da vida avisam que nosso projeto está errado, que vamos quebrar a cara, mas nós escutamos? Claro que não. Somos teimosos, tinhosos e orgulhosos.

Seguimos em frente contra tudo e contra todos e algumas vezes, fechamos os olhos para não ver o que todo mundo já viu. Então, o furacão da vida chega e sem cerimônia, sem pedir licença, arranca nossos sonhos e joga tudo no chão. Resta o choro, o pranto e a dor.

Quanto mais rápido, você trabalhar na reconstrução da sua "casa", mais rápido a felicidade volta para sua vida. Nesses momentos de reconstrução, os amigos são os melhores ajudantes e apoiadores que precisamos. Amigos são vigas sólidas que qualquer casa necessita.

Não demore para tomar a decisão de reconstruir a sua casa, digo, a sua vida. A dor se torna menor quando não deixamos muitas lembranças em nossa porta. Normalmente a porta da nossa vida é o coração. Que tal limpar a sua porta?

Reflexão sobre amor;

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidades próprias é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, e os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."


(John Lennon)