segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ser caricatura ou ser retrato?

Vivemos hoje uma deformidade da nossa humanidade. Vivemos uma espécie de caricatura. Damos a esse fenômeno o nome de plágio fisiológico, isto é, nos tornamos um desenho destorcido, irônico, longe daquilo que realmente somos ou do que deveríamos ser.


A nossa contrariedade diante das coisas nos leva a desviar o nosso olhar de Deus. Deixamos de ser obedientes aos designos Dele e nos tornamos senhores de nossas próprias vontades. Alimentamos o nosso próprio sentimento, os nossos caprichos, nossas vaidades. Desligamos o nosso canal com Cristo, desobedecemos à vontade Dele. Praticamos o erro de ser senhores da nossa vida e não permitimos que Deus seja o nosso próprio Senhor.

A fé deve ser a nossa principal obediência.

Ser obediente a Deus é ser o retrato Dele e não uma caricatura. Obedecer é antes de tudo, não fazer aquilo que eu quero, é acima de tudo, fazer aquilo que eu não quero, para fazer a vontade de Deus, aquilo que Ele quer que eu faça.

Eu quero ser retrato de Deus. Quero ser obediente a Ele.

Eu não me faço por mim mesma. Quem determina minha vida é o Cristo Ressuscitado. A humanidade Dele é o que me movimenta para a minha realidade. E é essa realidade que me tira do meu comodismo, da minha própria humanidade e me faz viver a humanidade Dele.

O milagre que Jesus quer nos dá é muito maior do que o peixe e o pão. Ele hoje quer nos dar o equilíbrio, a restauração, quer nos dar um coração novo, uma direção, um foco, quer nos tornar ser humanos, quer nos dar a humanidade Dele!

O que nos falta hoje não é a presença, mas sim o percurso. Se a humanidade não entra em jogo, o caminho para o conhecimento fica paralisado.

Santos são pessoas que imitaram Jesus. Santo de verdade não olha para o pecado, olha para Jesus. Ama Jesus de verdade! Eu não quero ser santa, só quero ser capaz desse amor. E eu te amo Jesus!

Deus só quer isso de nós, que o amemos. Amar a Ele sobre todas as coisas! Só!

Cristo quando entra em nós, Ele entra e não sai. Agente pode até sair dele, mas Ele nunca mais sai de você.

É preciso tocar no núcleo duro da nossa mentalidade, e o Cristianismo é capaz disso.

Não são as Instituições como: Família, Igreja.. que estão falidas. A falência, a decadência, está no ser humano.

O Cristianismo não nos impede de viver a experiência humana do cotidiano, mas, sobretudo, nos mostra que não precisamos ser escravos dela.

Devemos perceber qual é a medida das nossas vidas, o que realmente determina nossa trajetória, o que nos escraviza, o que precisamos realmente e se isso move a nossa humanidade, a nossa espiritualidade. Qual o saldo disso para com você mesmo? A experiência carnal é só o meio, não é o fim!


Que seu coração seja intimamente tocado por Deus!

Amém!



Por Priscila Soares.

(Reflexão após Palestra ministrada por Padre João Cláudio)

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